Movimentos cinematográficos | Cinema Novo (década de 1960)

O Cinema Novo emergiu na década de 1960 como uma resposta crítica e estética aos problemas sociais, políticos e culturais do Brasil. Influenciado pelo neorrealismo italiano e pela Nouvelle Vague francesa, o movimento buscou representar a realidade do país com ênfase nas desigualdades e nas tensões entre o rural e o urbano.

Diretores como Glauber Rocha, Nelson Pereira dos Santos e Carlos Diegues foram protagonistas dessa renovação, utilizando uma linguagem visual marcada por fotografia naturalista, uso de locações reais e uma narrativa que rompeu com o formalismo clássico, buscando uma expressão mais urgente e engajada. Filmes como Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), de Glauber Rocha, e Vidas Secas (1963), de Nelson Pereira dos Santos, exemplificam esse compromisso estético e temático.

O contexto da década de 1960, com intensificação das tensões sociais, influenciou diretamente a produção cinematográfica, que passou a denunciar a exclusão social, a pobreza e a opressão política. 

Esteticamente, o Cinema Novo se caracterizou pelo uso de símbolos, metáforas e um ritmo por vezes fragmentado, que buscava não apenas contar histórias, mas provocar reflexão crítica no espectador. Essa abordagem ajudou a consolidar o conceito de cinema engajado no Brasil.


Referências

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