Nas primeiras décadas do século XX, o cinema desenvolveu sua própria linguagem. Edwin S. Porter explorou a montagem como instrumento narrativo em “O Grande Roubo do Trem” (1903), estruturando ações paralelas e continuidade espacial.
Entre 1908 e 1915, D. W. Griffith sistematizou recursos essenciais: uso expressivo de planos próximos, montagem paralela articulada, manipulação temporal e iluminação dramática. Seu trabalho consolidou convenções que influenciaram gerações posteriores, apesar das questões éticas e ideológicas presentes em suas obras.
Nos anos 1920, o cinema mudo atingiu maturidade industrial e artística. Hollywood consolidou o modelo de grandes estúdios e criou estrelas reconhecidas mundialmente. Na Europa, movimentos inovadores floresceram: o expressionismo alemão utilizou cenários distorcidos e luzes contrastadas para explorar psicologia; o impressionismo francês investigou subjetividade por meio de montagem e efeitos visuais; e diretores soviéticos, como Eisenstein, elevaram a montagem a método de pensamento cinematográfico.
A introdução do som, em 1927, com “O Cantor de Jazz”, alterou completamente a produção e abriu espaço para novos gêneros, apesar da resistência inicial de alguns cineastas.
Referências do tópico:
BFI Screenonline – Silent Era: https://www.screenonline.org.uk/film/silentcinema/
Britannica – German Expressionism: https://www.britannica.com/art/Expressionism
Library of Congress – Early Sound Film: https://www.loc.gov/collections/silent-film-project/