Os anos 2000 representam uma das mudanças técnicas mais radicais desde o advento do som: câmeras digitais tornam-se viáveis artisticamente, ampliando possibilidades de baixo custo e criando novas estéticas baseadas em textura eletrônica, mobilidade extrema e pós-produção sofisticada. A circulação internacional se intensifica, com festivais atuando como circuitos globais de legitimação.
O cinema asiático alcança projeção sem precedentes, enquanto a indústria norte-americana estrutura o modelo de franquias e universos narrativos. Paralelamente, autores exploram a intimidade, a violência urbana, a crise política e subjetividades fragmentadas. A década combina experimentalismo formal, narrativas transnacionais e a consolidação de novas gerações para o século XXI.
20 cineastas
1. Christopher Nolan (EUA/Reino Unido)
Relevância: Reestrutura narrativas complexas com forte rigor formal e abordagem filosófica da percepção.
Filmes: Amnésia (2000), Batman Begins (2005), O Cavaleiro das Trevas (2008).
Prêmios: Oscar técnico para suas equipes; múltiplas indicações.
Movimento: Cinema comercial de alta complexidade narrativa.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Christopher-Nolan
2. Peter Jackson (Nova Zelândia)
Relevância: Estabelece novo patamar técnico para efeitos visuais e narrativas épicas.
Filmes: Trilogia O Senhor dos Anéis (2001–2003), King Kong (2005).
Prêmios: Oscars de Melhor Filme, Diretor e Técnicos.
Movimento: Blockbusters de alta fantasia digital.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Peter-Jackson
3. Alejandro González Iñárritu (México)
Relevância: Desenvolve estruturas corais e temas de destino, trauma e globalização.
Filmes: Amores Brutos (2000), 21 Gramas (2003), Babel (2006).
Prêmios: Indicações ao Oscar.
Movimento: Novo cinema mexicano transnacional.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Alejandro-Gonzalez-Inarritu
4. Alfonso Cuarón (México)
Relevância: Domina linguagens híbridas entre drama, fantasia e ficção científica com forte inovação técnica.
Filmes: E Sua Mãe Também (2001), Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (2004), Filhos da Esperança (2006).
Prêmios: Indicações e vitórias posteriores no Oscar.
Movimento: Cinema mexicano global.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Alfonso-Cuaron
5. Guillermo del Toro (México)
Relevância: Amplia o cinema fantástico com imaginação sombria, metáforas sociais e rigor visual.
Filmes: O Labirinto do Fauno (2006), Blade II (2002), Hellboy (2004).
Prêmios: Oscar de Melhor Fotografia e Direção de Arte (e vitórias posteriores).
Movimento: Horror e fantasia contemporânea.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Guillermo-del-Toro
6. Bong Joon-ho (Coreia do Sul)
Relevância: Harmoniza humor, crítica social e experimentação formal com forte domínio de gênero.
Filmes: Memórias de um Assassino (2003), O Hospedeiro (2006), Mother (2009).
Prêmios: Cannes (posteriormente Oscar).
Movimento: Novo Cinema Coreano.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Bong-Joon-ho
7. Park Chan-wook (Coreia do Sul)
Relevância: Revoluciona o thriller e o melodrama com estilização extrema.
Filmes: Trilogia da Vingança (Mr. Vingança, Oldboy, Lady Vingança, 2002–2005).
Prêmios: Grande Prêmio do Júri em Cannes.
Movimento: Novo cinema coreano estilizado.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Park-Chan-wook
8. Apichatpong Weerasethakul (Tailândia)
Relevância: Reconfigura narrativa e temporalidade com abordagem sensorial e espiritual.
Filmes: Tropical Malady (2004), Síndromes e um Século (2006).
Prêmios: Premiações em Cannes.
Movimento: Cinema lento e experimental asiático.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Apichatpong-Weerasethakul
9. Michael Haneke (Áustria)
Relevância: Exame rigoroso da violência e das relações sociais com estilo austero.
Filmes: Código Desconhecido (2000), A Professora de Piano (2001), Caché (2005).
Prêmios: Grande Prêmio e Melhor Diretor em Cannes.
Movimento: Cinema austro-alemão crítico.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Michael-Haneke
10. Paul Thomas Anderson (EUA)
Relevância: Consolida maturidade estética com narrativas sobre poder, obsessão e capital.
Filmes: Embriagado de Amor (2002), Sangue Negro (2007).
Prêmios: Melhor Ator, Diretor e Fotografia para seus filmes.
Movimento: Cinema autoral norte-americano.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Paul-Thomas-Anderson
11. David Lynch (EUA)
Relevância: Aprofunda surrealismo narrativo com a estética digital inicial.
Filmes: Cidade dos Sonhos (2001), Império dos Sonhos (2006).
Prêmios: Melhor Diretor em Cannes.
Movimento: Surrealismo norte-americano contemporâneo.
Referência: https://www.britannica.com/biography/David-Lynch
12. Terrence Malick (EUA)
Relevância: Reorganiza o cinema lírico com montagem fragmentada e voz off meditativa.
Filmes: Além da Linha Vermelha (1998–eco nos 2000), O Novo Mundo (2005), A Árvore da Vida (2011–produção na década).
Prêmios: Cannes.
Movimento: Cinema poético norte-americano.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Terrence-Malick
13. Ang Lee (Taiwan/EUA)
Relevância: Alterna gêneros diversos com excelência técnica e complexidade emocional.
Filmes: O Tigre e o Dragão (2000), O Segredo de Brokeback Mountain (2005).
Prêmios: Oscar de Melhor Diretor.
Movimento: Cinema transnacional.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Ang-Lee
14. Tsai Ming-liang (Taiwan)
Relevância: Intensifica o cinema contemplativo com foco em silêncio, solidão e urbanidade.
Filmes: O Rio (1997–impacto nos 2000), O Sabor da Melancia (2005).
Movimento: Cinema lento.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Tsai-Ming-liang
15. Kathryn Bigelow (EUA)
Relevância: Reconfigura ação e guerra com realismo tenso e abordagem visceral.
Filmes: K-19 (2002), Guerra ao Terror (2008).
Prêmios: Oscar de Melhor Direção.
Movimento: Cinema político norte-americano.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Kathryn-Bigelow
16. Fernando Meirelles (Brasil)
Relevância: Torna o cinema brasileiro reconhecido globalmente.
Filmes: Cidade de Deus (2002), O Jardineiro Fiel (2005).
Prêmios: Indicações ao Oscar.
Movimento: Retomada brasileira.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Fernando-Meirelles
17. Walter Salles (Brasil)
Relevância: Consolida cinema existencial de viagem e memória.
Filmes: Abril Despedaçado (2001), Diários de Motocicleta (2004).
Prêmios: Indicações internacionais.
Movimento: Retomada brasileira.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Walter-Salles
18. Clint Eastwood (EUA)
Relevância: Produz dramas éticos e elegíacos sobre culpa, violência e legado.
Filmes: Menina de Ouro (2004), Cartas de Iwo Jima (2006).
Prêmios: Oscars de Filme e Diretor.
Movimento: Cinema clássico contemporâneo.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Clint-Eastwood
19. Jean-Pierre e Luc Dardenne (Bélgica)
Relevância: Desenvolvem rigor documental aplicado à ficção.
Filmes: Rosetta (1999), O Filho (2002), A Criança (2005).
Prêmios: Duas Palmas de Ouro.
Movimento: Realismo social europeu.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Dardenne-brothers
20. Paul Greengrass (Reino Unido)
Relevância: Reconfigura ação com câmera móvel e montagem fragmentada.
Filmes: Voo United 93 (2006), A Supremacia Bourne (2004).
Prêmios: Indicações ao Oscar.
Movimento: Realismo político britânico.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Paul-Greengrass