Cineastas da década de 2010: Prestígio global, ascensão do streaming, representatividade e hibridismo estético

 A década de 2010 marca uma transformação estrutural do cinema mundial. Plataformas de streaming tornam-se parte do circuito de premiação, mudando estratégias de distribuição, financiamento e acesso. A crítica e os festivais passam a reconhecer obras que transitam entre fronteiras, misturando documentário e ficção, gênero e cinema autoral, intimismo e épico. 

Nesse período, consolida-se uma nova geração de cineastas que expandem temas ligados a raça, identidade, classe, tecnologia, violência institucional e subjetividade contemporânea. O cinema global torna-se mais distribuído, mais formalmente variado e mais atento a vozes antes marginalizadas. A década consolida inúmeros autores que hoje definem o século XXI.


20 cineastas


1. Bong Joon-ho (Coreia do Sul)

Relevância: Eleva o cinema coreano a um novo patamar de reconhecimento global, articulando crítica social com domínio de gênero.
Filmes: Okja (2017), Parasita (2019).
Prêmios: Palma de Ouro, Oscar de Filme, Diretor e Roteiro.
Movimento: Novo cinema sul-coreano.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Bong-Joon-ho


2. Greta Gerwig (EUA)

Relevância: Reestrutura dramas de formação e universo feminino com sofisticação narrativa.
Filmes: Lady Bird (2017), Adoráveis Mulheres (2019).
Prêmios: Indicações ao Oscar por Direção e Roteiro.
Movimento: Cinema autoral feminino contemporâneo.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Greta-Gerwig


3. Jordan Peele (EUA)

Relevância: Reformula o horror como ferramenta de crítica racial e social.
Filmes: Corra! (2017), Nós (2019).
Prêmios: Oscar de Melhor Roteiro Original.
Movimento: Horror político contemporâneo.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Jordan-Peele


4. Denis Villeneuve (Canadá)

Relevância: Reorganiza ficção científica e thriller com rigor visual e densidade filosófica.
Filmes: A Chegada (2016), Blade Runner 2049 (2017).
Prêmios: Oscars técnicos para seus filmes.
Movimento: Sci-fi autoral.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Denis-Villeneuve


5. Barry Jenkins (EUA)

Relevância: Renova a sensibilidade estética do melodrama afro-americano.
Filmes: Moonlight (2016), Se a Rua Beale Falasse (2018).
Prêmios: Oscar de Melhor Filme (Moonlight).
Movimento: Novo cinema afro-americano.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Barry-Jenkins


6. Alfonso Cuarón (México)

Relevância: Consolida domínio técnico e sensorial com forte refinamento autoral.
Filmes: Gravidade (2013), Roma (2018).
Prêmios: Oscars de Diretor, Fotografia e Filme Estrangeiro.
Movimento: Cinema transnacional de ponta.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Alfonso-Cuaron


7. Alejandro G. Iñárritu (México)

Relevância: Explora narrativa contínua e experimentação com subjetividade.
Filmes: Birdman (2014), O Regresso (2015).
Prêmios: Oscars consecutivos de Diretor.
Movimento: Modernismo narrativo contemporâneo.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Alejandro-Gonzalez-Inarritu


8. Chloé Zhao (China/EUA)

Relevância: Une realismo documental e ficção intimista com não-atores.
Filmes: Domando o Destino (2017), Nomadland (2020).
Prêmios: Oscar de Filme e Direção.
Movimento: Hibridismo documentário-ficcional.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Chloe-Zhao


9. Josh e Benny Safdie (EUA)

Relevância: Reintroduzem o cinema urbano nervoso de alta intensidade.
Filmes: Bom Comportamento (2017), Joias Brutas (2019).
Prêmios: Prêmios críticos internacionais.
Movimento: Realismo ansioso nova-iorquino.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Safdie-brothers


10. Lynne Ramsay (Escócia)

Relevância: Mestre do minimalismo violento e psicológico.
Filmes: Precisamos Falar Sobre o Kevin (2011), Você Nunca Esteve Realmente Aqui (2017).
Prêmios: Cannes (Roteiro).
Movimento: Cinema psicológico contemporâneo.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Lynne-Ramsay


11. Céline Sciamma (França)

Relevância: Explora intimidade, identidade e desejo com precisão formal.
Filmes: Tomboy (2011), Retrato de uma Jovem em Chamas (2019).
Prêmios: Melhor Roteiro em Cannes.
Movimento: Cinema francês contemporâneo de identidade.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Celine-Sciamma


12. Paweł Pawlikowski (Polônia)

Relevância: Reinterpreta melodrama histórico com rigor fotográfico.
Filmes: Ida (2013), Guerra Fria (2018).
Prêmios: Oscar de Filme Estrangeiro.
Movimento: Cinema europeu estilizado.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Pawel-Pawlikowski


13. Steve McQueen (Reino Unido)

Relevância: Une artes visuais e cinema com investigação radical de corpo, poder e trauma histórico.
Filmes: Shame (2011), 12 Anos de Escravidão (2013), As Viúvas (2018).
Prêmios: Oscar de Melhor Filme.
Movimento: Arte contemporânea aplicada ao cinema narrativo.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Steve-McQueen


14. Gaspar Noé (Argentina/França)

Relevância: Experimenta percepção e temporalidade com estética extrema.
Filmes: Love (2015), Climax (2018).
Prêmios: Cannes (Quinzena).
Movimento: Neoextremismo francês.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Gaspar-Noe


15. Ruben Östlund (Suécia)

Relevância: Satiriza comportamento social com mise-en-scène fria e observacional.
Filmes: Força Maior (2014), The Square (2017).
Prêmios: Duas Palmas de Ouro.
Movimento: Realismo social escandinavo.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Ruben-Ostlund


16. Ari Aster (EUA)

Relevância: Redefine horror psicológico com densidade estética e simbólica.
Filmes: Hereditário (2018), Midsommar (2019).
Prêmios: Críticos e festivais de horror.
Movimento: Horror elevado contemporâneo.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Ari-Aster


17. Taika Waititi (Nova Zelândia)

Relevância: Reorganiza humor e identidade cultural com inventividade visual.
Filmes: O Que Fazemos nas Sombras (2014), Jojo Rabbit (2019).
Prêmios: Oscar de Roteiro Adaptado.
Movimento: Comédia pós-colonial.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Taika-Waititi


18. Ava DuVernay (EUA)

Relevância: Amplia o cinema político e histórico afro-americano.
Filmes: Selma (2014), 13th (2016).
Prêmios: Emmy e indicações ao Oscar.
Movimento: Cinema político contemporâneo.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Ava-DuVernay


19. Asghar Farhadi (Irã)

Relevância: Aprofunda dramas éticos com precisão dramaturgia e realismo psicológico.
Filmes: A Separação (2011), O Apartamento (2016).
Prêmios: Dois Oscars de Filme Estrangeiro.
Movimento: Novo cinema iraniano.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Asghar-Farhadi


20. Luca Guadagnino (Itália)

Relevância: Desenvolve sensorialidade afetiva e corporal com influência da tradição italiana.
Filmes: Um Sonho de Amor (2009–impacto nos 2010), Me Chame Pelo Seu Nome (2017).
Prêmios: Indicações internacionais.
Movimento: Cinema sensorial europeu.
Referência: https://www.britannica.com/biography/Luca-Guadagnino

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